Bem-vindos!


Somos quatro alunos, do 12ºN3, da Escola Secundária de Silves, a frequentar a àrea de Ciências e Tecnologias.
Foi com grande entusiasmo que começamos a desenvolver este projecto no início do ano lectivo 2007/2008 no âmbito da disciplina de Àrea de Projecto. Escolhemos este tema sem termos uma noção realmente formada, mas rapidamente pesquisamos, vimos filmes, programas televisivos e contactamos com especialistas (médicos, enfermeiros…) que nos ajudaram a entrar de corpo de alma no tema.
O nosso objectivo é promover e divulgar os cuidados paliativos bem como mostrarmos à sociedade o nosso interesse por um serviço importante como este.
Temos ainda a preocupação de apelar às pessoas que os cuidados paliativos existem, embora não seja muito trabalhado no nosso país, e destinam-se a ajudar o doente a
“morrer sem dor”.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O que são cuidados paliativos?


São cuidados prestados a doentes em situação de intenso sofrimento decorrente de doença incurável em fase avançada e rapidamente progressiva. O objectivo consiste em promover, tanto quanto possível e até ao fim, o bem-estar e a qualidade de vida destes doentes.
Os cuidados paliativos são cuidados activos, coordenados e globais, que incluem o apoio à família, prestados por equipas e unidades específicas de cuidados paliativos, em internamento ou no domicílio, segundo níveis de diferenciação.
Os cuidados paliativos têm como componentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, o que implica o envolvimento de uma equipa interdisciplinar de estruturas diferenciadas.

1 comentário:

Anónimo disse...

blog extremamente interessante. nós tambem somos alunos do 12º ano e estamos a tratar o mesmo tema em área de projecto.
sugerimos que visitem o nosso blog:
www.cuidadospaliativosemportugal.blogspot.com

Este movimento foi iniciado em Inglaterra na década de 60, sendo alargado ao Canadá, Estados Unidos e mais recentemente à Europa. Têm o objectivo de chamar à atenção do sofrimento dos doentes incuráveis para a falta de respostas dos serviços de saúde e para a especificidade de cuidados que teriam de ser dispensados a esta população.
São cuidados de saúde activos, rigorosos, que combinam ciência e humanismo.
No nosso país, podemos dizer que os serviços qualificados e organizados são escassos e insuficientes para as necessidades detectadas – basta lembrar que o cancro é a segunda causa de morte em Portugal, com tendência a aumentar.
É importante referenciar que os cuidados paliativos são prestados com base nas necessidades dos doentes e das famílias e não no seu diagnóstico. Por isso, não são apenas os doentes de cancro que carecem destes cuidados. Os doentes de sida, os doentes com falta de órgãos, os doentes com doenças neurológicas são também carecedores de cuidados paliativos –
as doenças terminais afectam todas as faixas etárias, incluindo a infância.


●๋ Componentes essenciais:
Alívio de sintomas.
Apoio psicológico, espiritual e emocional ao doente.
Apoio à família e apoio durante o luto.


●๋ Quanto tempo o doente pode dispôr dos cuidados paliativos?
Muitos doentes precisam de ser acompanhados durante semanas, meses ou mesmo antes da morte.

●๋ Doenças que requerem os cuidados paliativos:
Os cuidados paliativos não se destinam a doenças específicas, mas sim, à situação e necessidade dos doentes. No entanto, doenças como o cancro, a sida e as doenças neurológicas graves, implicam frequentemente necessidade de cuidados paliativos.

●๋ Que unidades de cuidados paliativos existem no país?
Instituto Português do Cancro no Porto
Serviço de Medicina Paliativa no Hospital do Fundão
Serviço de Medicina Interna e Cuidados Paliativos do IPO de Coimbra
Equipa de Cuidados Continuados do Centro de Saúde de Odivelas
Santa Casa da Misericórdia da Amadora
Santa Casa da Misericórdia de Azeitão
Equipa de Suporte em Cuidados Paliativos do Hospital de São João no Porto


●๋ Cuidados Paliativos no Algarve em 2008:
O Algarve vai ter 14 camas para cuidados paliativos, que serão distribuídas por duas unidades: Hospital de Faro e Centro Hospital do Barlavento Algarvio.
Vão também integrar-se 18 equipas de apoio domiciliário, que vão contar com 12 carrinhas para a prestação de assistência domiciliária aos doentes.



Algarve e os Cuidados Paliativos

No presente ano, 2008, o Algarve será dotado com catorze camas para doentes paliativos sendo distribuídas pelas duas unidades hospitalares centrais existentes no Algarve.
Em 2007, foi iniciada a formação dos técnicos profissionais, uma vez que antes de existirem camas, é preciso ter pessoas competentes para trabalhar nesta área.
Como por exemplo, apresentamos o centro de saúde de Tavira onde está sedeada uma equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos, para intervir de forma directa nos concelhos vizinhos, Olhão, Faro e o próprio concelho de Tavira.
Terão também relevância os cuidados domiciliários que terão em funcionamento 18 equipas de apoio domiciliário em várias áreas, nomeadamente em enfermagem e reabilitação contando estas com doze novas carrinhas para a prestação de assistência aos utentes.
Actualmente, a região possui uma equipa de coordenação de cuidados continuados por cada agrupamento de centro de saúde de Silves (Silves, Loulé, Vila Real de Santo António) e também duas equipas centrais que se encontram no Hospital de Portimão e Faro.
É-nos ainda disponibilizados duas unidades de convalescença uma em Portimão com vinte e duas camas e ainda em Loulé com 20 camas.
E por final, às 18 equipas de cuidados integrados domiciliários, vai juntar-se uma equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos e duas equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos.


Eutanásia nos Cuidados Paliativos

Existe um catálogo extenso de definições para a Eutanásia, em todas elas é difícil encontrar uma definição comum, aceitável para todos e que não seja valorativa, e isto porquê? Porque quando se fala na eutanásia tem que se referir determinados factores: o tipo de agente, o peso da intensa ou o método utilizado para a sua execução. O termo eutanásia é um termo que carrega uma forte carga emotiva e que pode ser utilizada no sentido negativo ou positivo, já que estamos a tratar de conceitos
Ortotanásia é um termo utilizado pela doutrina católica e que quer dizer "morte correcta", morte no seu devido tempo, sem qualquer tipo de encurtamento do processo de morte, nem tão pouco prolongamentos desnecessários (como seja por exemplo usar de toda a tecnologia de ponta existente num meio hospitalar a isto denominamos também de "obstinação terapêutica"). Comummente entende-se por eutanásia o processo por acção ou omissão (acção - recurso ao uso de medicamentos; omissão - não usar nada e deixar que o processo siga o seu curso), que acelera a sua morte de terceiro com ou sem o seu consentimento de forma a evitar o seu sofrimento.
Quanto aos cuidados paliativos não se usa o termo eutanásia mas o de sedaçao, por que o nosso objectivo á ajudar as pessoas a terem uma morte digna, para isso não temos necessidade de lhe encurtar a vida. Com a sedação o que pretendemos é aliviar o sofrimento de alguém, com o seu consentimento ou em caso de ser impossível com o consentimento da família, usando doses de medicamentos que mantenham o doente num estado em que o seu nível de consciência não lhe permita ter a percepção do sofrimento, não usamos doses letais de medicamentos, apenas a dose suficiente para aliviar o sofrimento permitindo que em qualquer momento o processo se possa reverter, ou seja em qualquer momento pode a ter o nível de consciência inicial. É pois incorrecto dizer que se pode ou deve praticar a eutanásia em cuidados paliativos, o que está eticamente correcto é a prática da sedação sempre que o objectivo seja o alívio do sofrimento frente a sintomas que não se conseguem controlar de outra forma (ex. situação de intensa angústia, hemorragia massiva, dor incontrolável....)

Drª Ana Moreno

Mar adentro (Eutanásia)

Com isto concluímos que...

...os cuidados paliativos são hoje uma resposta indispensável aos problemas do final da vida. Em nome da ética, da dignidade e do bem-estar de cada Homem é preciso torná-los cada vez mais uma realidade.